Depois de afetar a vida de vários grupos nativos da Amazônia do Peru, Colômbia, Equador, Bolívia e Brasil, a estatal que carrega a bandeira da “integração continental”, proposta pelo governo Lula da Silva, foi denunciada pelos maoris (autóctones) da Nova Zelândia.
Eles protestaram contra o acordo firmado com o governo para explorar petróleo na região onde habitam 70 mil pessoas desta etnia, divididas entre as tribos ngati porou e te whanau-a-apanui.
Os manifestantes acenderam fogueiras em diversas praias e declararam conhecer, através de pesquisa na internet, o histórico de atuação da Petrobrás em 4 países. Além disso, afirmam não terem sido informados pelo governo neozelandês e que a tragédia no Golfo do México é razão suficiente para uma moratória de todos os projetos de exploração petroleira no mundo.
Estes povos, que habitam a região nordeste do país, vivem principalmente da pesca. O ministro de Energia, Gerry Brownlee, pediu desculpas por não tê-los informado mas disse que está disposto a um enfrentamento e que o projeto vai sair do papel.
Aparentemente sem se importar com a possibilidade de destruir outra cultura milenar, em mais uma investida para ampliar seus tentáculos, a Petrobrás não se manifestou.
Há 3 anos foi publicado um livro pela Fase mostrando os impactos sócio ambientais da empresa na América do Sul. (Clique para baixar- Petrobrás: integração ou exploração?)
Fonte: Folha de São Paulo, 29/06/10